Skógafoss: a Natureza por dentro

A Skógafoss é um daqueles postais… Uma cascata alta, imensa de água (wow!), dá para ver (e fotografar) de vários ângulos e alturas e, o derreter de qualquer instagrammer, tem arco-íris quando está sol.

Não sei quantas vezes já vi a Skógafoss. Já a vi na Primavera, no Verão, no Outono e no Inverno. Já a subi com sol e já derrapei no gelo, já ali andei de t-shirt e com tanto frio que só tinha os olhos de fora… e com óculos para proteger do vento!


É um daqueles lugares tão turísticos que uma pessoa quase deixa de gostar porque “está cheio de gente, já não é especial”.

Mas houve um dia em que a Skógafoss me marcou para a vida. Nesse dia, resolvi caminhar até perto do lugar onde a água bate, cá em baixo, no fundo da cascata.

Acho que nunca senti nada tão arrebatador. Sabem quando estão na fila da frente de um concerto e a música está tão alta e vocês estão tão perto das colunas que sentem tudo a bater dentro de vocês e até fica difícil respirar?

Foi isso, mas maior e com uma cascata: não conseguia respirar, não conseguia abrir os olhos… E eu, que gosto de pensar que sou parte da Natureza, não consegui acompanhá-la, sincronizar a minha existência com a dela.

E foi um misto de emoções imenso: se, por um lado, fiquei uma espécie de triste por não me sentir parte da Natureza, por outro, fiquei esmagada de feliz por me sentir tão pequena junto dela.

Há sítios que nos esmagam, tal é a força da Natureza. O fundo da Skógafoss, onde a água bate no curto curso de água que corre para o mar, é um desses locais.

E é por isso que hei-de sempre idolatrar a Skógafoss… porque estar ali é como olhar a Natureza por dentro de nós mesmos.

ps: falta vê-la carregadinha de neve.

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